sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aprendendo Matemática com as Dobraduras


Conteúdos abordados: Formas geométricas
Objetivos: Reconhecer e nomear figuras geométricas, perceber suas respectivas propriedades e habilidades espaciais tais como a coordenação motora-visual, memória visual, discriminação visual, percepção espacial, composição e decomposição de figuras e constância de forma.
Preparação da aula: Você vai precisar de papel branco (sulfite, ofício, etc.), papel dobradura (recomendamos o papel espelho de forma quadrada ou retangular), cola e canetinha hidrocor.
Por que dobraduras nas aulas de matemática? Na educação infantil, o trabalho com dobraduras nas aulas de matemática é importante, pois, além de ser desafiador e atrativo para os alunos, envolve atividades que proporcionam a aquisição de habilidades espaciais e geométricas.Fazer dobraduras vai além da geometria, envolve relações sociais, interação do grupo, auto-estima e iniciativa para enfrentar desafios.


1ª etapa:
As dobraduras podem ser motivadas com músicas ou histórias, tornando o trabalho mais significativo para as crianças. Recomendamos que essa etapa seja realizada com crianças de 2 e 3 anos.

Nessa etapa, usaremos papel branco. Inicie explorando o papel com as crianças, solicite que amassem, alisem, rasguem e torçam o papel; deixe que façam uma bola para chutá-la, arremessá-la, etc.
Consideramos importante que a criança conheça o material, manipule-o e perceba todas as suas possibilidades, para que futuramente consiga fazer dobraduras mais elaboradas.


2ª etapa:
Essa seqüência é conhecida como: “Seqüência do banho”. Recomendamos essa atividade para crianças de 3 e 4 anos.
A atividade desenvolve a noção do esquema corporal, bem como a discriminação visual e auditiva. Além disso, favorece a comunicação verbal, na medida em que se solicita a participação de todos os envolvidos.
Proponha a atividade para as crianças como uma brincadeira de “faz-de-conta”. Usaremos o papel branco, e este será manuseado para servir de chuveiro, sabão, toalha e outras coisas.
Conduza a brincadeira propondo situações-problema às crianças, conforme a seguir: “Faz de conta que hoje está muito calor. O que podemos fazer para nos refrescar? Quem vocês conhecem que não gosta de tomar banho? Podemos cantar uma música para ele? Vocês gostam de tomar banho? Que tal tomarmos um agora?”. Diga às crianças que será utilizada uma folha de cada vez e que todas precisam ficar em pé. “Vamos abrir a torneira. O que pode ser a torneira? Vamos fazer uma torneira com o papel?. Agora o chuveiro está funcionando, o que pode ser o chuveiro? Que barulho a água faz quando está caindo do chuveiro? Agite a folha de papel acima da cabeça, imitando sons de água caindo.” Pode-se também agitar as folhas com as duas mãos ao mesmo tempo. “Agora sim! Podemos passar o sabonete e a bucha. O que temos que fazer para que o chuveiro vire isso?” Vá brincando e interagindo com as crianças de modo que elas transformem o papel nas mais variadas situações, podendo manipular, amassar, dobrar, alisar, etc.


3ª etapa:
Depois da exploração e do conhecimento do papel, podemos iniciar com atividades mais dirigidas. Essa atividade deve ser realizada com crianças a partir de 3 e 4 anos.
Distribua um papel dobradura para cada criança enquanto você conta uma história. Ao final, peça que retratem com o papel o que imaginaram ou sentiram através da história contada. Socialize montando um painel com as produções das crianças, pedindo que contem suas sensações. O foco desse trabalho é auxiliar as crianças a nomear e reconhecer as formas geométricas. Para isso, faça alguns questionamentos:
  • Que forma tinha o papel antes de vocês começarem a dobra?
  • Que novas formas apareceram com as dobras?
  • Quem pode mostrar uma dobra na qual aparece um triângulo?

4ª etapa:
Nessa etapa, o objetivo é fazer com que as crianças obtenham novas formas geométricas a partir de um quadrado. Sugerimos que você utilize papel dobradura na forma de um quadrado de diferentes cores.
Inicie a atividade perguntando às crianças como podemos transformar o quadrado em duas formas iguais? Que outras formas podemos obter? Quem conseguiria transformar o quadrado em 2 triângulos? E em 4 triângulos?
Nessa etapa, é importante que você conheça todas as possibilidades de dobras, de modo que suas intervenções auxiliem o aluno a superar novos desafios e avançar em seu conhecimento. Após a exploração, monte um cartaz com as descobertas feitas.



5ª etapa :
A proposta desta atividade é que as crianças façam uma dobradura simples com poucas dobras. Daremos como exemplo a “Tulipa”.
Essa atividade é recomendada para crianças a partir de 4 anos que já realizaram atividades semelhantes às descritas anteriormente.
Durante a execução da atividade, é preciso garantir que todas as crianças sejam atendidas, ou seja, o acompanhamento do professor é fundamental para que a atividade seja motivadora. Sente-se com seus alunos e vá fazendo passo a passo a dobradura com eles. Procure utilizar um vocabulário matemático correto: unir vértice com vértice, dobrar um lado, depois o outro.
Conclua a atividade com uma colagem. É possível ainda pedir que os alunos completem a colagem com outros desenhos.











sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DICA RICA!

Música é tudo para a criança, por isso aqui deixo três dicas ricas para vocês... visitem os sites, ouçam as canções e conheçam o maravilhoso trabalho desses artistas...

SITE: PATO FU - MÚSICA DE BRINQUEDO

SITE: ADRIANA PATIMPIM - UM

 
SITE: ADRIANA PARTIMPIM - DOIS





O dilema dos professores no final do ano...

  Chegando o final do ano todos nós estamos cansados, pedindo um tempinho para respirar... ufa! 
 Qual professor que não se sente assim? Se existir algum me apresente.
 Se você compartilha desta turma de educadores que merece as tão sonhadas férias de fim de ano, leia este texto super interessante criado por uma colega de trabalho...

Texto:  Cansaço



Boa Leitura...
Beijosssssssssssssssss

Mudando de Escola...

    Quando chega o fim do ano, os pais já ficam inquietos pensando "como será colocar meu filho em uma nova escola?".  Realmente é uma situação que muitas vezes não é nada fácil de lidar, afinal, a criança cria um certo vínculo com os profissionais que cuidam dela o dia todo e aceitar pessoas novas não é tarefa fácil para esses Pequenos.Com o término da Educação Infantil, a vida escolar da criança atinge uma nova fase, o Ensino de 9 anos.
     Separei para você um Link com um texto muito exclarecedor e que pode te ajudar em como prroceder nesta situação. Mudar ou não mudar meu filho de escola?

Texto: A difícil escolha de mudar de escola


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Meme - Dez atitudes que tiram os professores do sério

São dez atitudes de alunos que mais os tiram o professor do sério em sala de aula, focando e Ensino Fundamental e Médio:

1- Conversa paralela deixa os professores malucos! Todos citaram essa atitude irritante. TODOS! Gente fofoqueira não só atrapalha o professor como o resto da galera. Muito queima-filme.

2- Fazer lição ou estudar para a prova de outro professor é péssimo. Não dá! É fácil se dar bem na prova se você presta atenção na aula.


3- Toque de celular quando o professor está empolgado explicando a matéria é o fim. Piora mais ainda, se você atender.

4- Chegar atrasado para a aula. Se isso acontecer, entre mudo e fique calado.


5- Barulho de sacola e som de gente mastigando perturbam a concentração deles. É chato mesmo.


6- Aluno que vive na cola dos outros para ter nota boa nos trabalhos. Isso mais decepciona do que irrita o professor.


7- Perceber que o aluno está dormindo. Essa não é unanimidade. Alguns preferem o dorminhoco ao matraca (dorminhocos não falam).


8- Trabalhos "ctrl c ctrl v" deixam o professor muito, muito, mas muito triste mesmo. Zero na hora!


9- O sabe-tudo e o engraçadinho também tiram os professores do sério. Perguntar durante a aula é saudável, mas não vale se exibir.


10- Nada mais irritante do que corrigir provas parecidas de colegas que se sentam perto. Não dá para saber quem sabia a matéria mesmo. Fique esperto: a cola dificulta a avaliação individual do aluno, sem contar que não garante que você vai aprender aquela matéria.

                                                       

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PARABÉNS PROFESSORES... EDUCADORES!

"Educação é obra do coração".

                                      Dom Bosco  


Esta é uma simples homenagem para aqueles que trabalham com amor...



 

PARABÉNS!

10 Artigos interessantes sobre Educação Infantil

 Aqui estão alguns Links que você poderá acessar para obter mais informações sobre alguns assuntos interessantes para quem leciona e se interessa pela educação de crianças:
  1.  O Brincar na Educação Infantil
  2. A Psicomotricidade na Educação Infantil
  3. A importância do lúdico na Educação Infantil
  4. A avaliação na Educação Infantil
  5. Expressão Criadora -  A arte na Educação Infantil 
  6. L. S. Vygotsky: algumas idéias sobre desenvolvimento e jogo infantil
  7. Repensando a Educação Infantil
  8. Limites na Educação Infantil
  9. A construção do limite na Educação Infantil
  10. A importância do incentivo a leitura
 Tenham uma ótima leitura!

    10 livros sobre Educação Infantil que você deve ler:





    1. Diversidade e AprendizagemElvira Souza Lima
      Este texto apresenta o conceito de diversidade biológica para entender os processos das pessoas ditas "portadoras de necessidades especiais", propondo olhar para as possibilidades de desenvolvimento, superando a abordagem que enfatiza as incapacidades.
    2.  As cem linguagens da criança - Carolyn Edwards; Lella Gandini e George Forman
      Esta obra é uma introdução abrangente que aborda história e filosofia, currículo e métodos de ensino, escola e sistema organizacional, uso do espaço e ambiente físico, além dos papéis do adulto profissional. Artmed Editora
    3. Jogos em grupo na Educação Infantil - Constance Kamii. e Rheta Devries
      As autoras explicam como os jogos em grupo ajudam as crianças a desenvolver sua capacidade cognitiva e interpessoal de maneira mais eficiente e prazerosa, em vez de através de folhas de exercícios e atividades similares.
      Artmed Editora 
    4. Brincar: Crescer e Aprender: O resgate do jogo infantil - Adriana Friedmann
      O resgate do aspecto lúdico da cultura folclórica e dos jogos tradicionais. A riqueza e a contribuição do jogo para o desenvolvimento integral (cognitivo, afetivo, físico, social) da criança.
      Síntese histórica dos principais estudiosos dos jogos infantis no Brasil e no mundo. A visão de Piaget e seus discípulos sobre jogo, desenvolvimento e aprendizagem. Relação de jogos tradicionais desde o começo do século até a década de 90.
      Editora Moderna
       
    5. Ética na Educação Infantil - Devries, R.; Zan, B
      Este livro deve ser um apoio para todo professor de Educação Infantil e séries iniciais. as autoras amplificam o trabalho de Jean Piaget sobre o desenvolvimento sociomoral, propondo práticas que a educação deve envolver para o desenvolvimento da autonomia.
       
    6. A criança e o seu desenho: O nascimento da arte e da escrita - Philippe Greig
      Um livro sobre o desenvolvimento do desenho infantil onde o autor renova a compreensão da evolução do desenho da criança, dos primeiros rabiscos às pequenas composições, de sua idade de ouro ao esgotamento na adolescência.
       
    7. Como a criança pequena se desenvolve - Elvira Souza Lima
      Neste livro você encontra as várias formas que a criança tem para se expressar e o papel do adulto na primeira infância.
       
    8. Educação Infantil e percepção matemática - Sérgio Lorenzato.  Este é um livro para educadores responsáveis pelo desenvolvimento da percepção matemática da criança em idade pré-escolar. É, também, útil aos professores das séries iniciais do ensino fundamental, pois trata dos principais aspectos que compõem o conhecimento matemático da criança: o espacial, o numérico e o de medida. Cada aspecto é desvelado por duas facetas: uma que revela a essência de sua constituição e outra que visa a ação pedagógica do professor junto à criança. A obra está assim estruturada: perfil da criança pré-escolar e concepção atual de educação infantil; princípios facilitadores do desenvolvimento infantil e função do professor; percepção matemática: número, suas funções e dificuldades para sua aprendizagem, geometria da criança, medição e suas interpretações, 200 atividades didáticas, com objetivos e sugestões de material didático.
    9. Pais Brilhantes, Professores fascinantes -  Augustoo Cury. Formar crianças e adolescentes sociáveis, felizes, livres e empreendedores é um belo desafio nos dias de hoje. A solidão nunca foi tão intensa: os pais escondem seus sentimentos dos filhos, os filhos escondem suas lágrimas dos pais, os professores se ocultam atrás do giz. A quem interessa este livro? Aos pais, aos professores da pré-escola, do ensino fundamental, médio e universitário, aos psicólogos, aos profissionais de recursos humanos, aos jovens e a todos os que desejam conhecer alguns segredos da personalidade e enriquecer suas relações sociais.
    10. O Currículo construtivista na Educação Inafantil Rheta Devries e Cols. Ultrapassando as generalidades relacionadas à "prática adequada ao desenvolvimento", este livro tem como foco o papel do professor e oferece excelentes subsídios ao ensino de atividades específicas. '' Editora Artmed 
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    sexta-feira, 1 de outubro de 2010

    A UTILIZAÇÃO DO BLOG NA EDUCAÇÃO

    QUAL O VALOR DE SER EDUCADOR?

    O valor de ser Educador Bookmark e Compartilhe

    Ser transmissor de verdades,
    De inverdades...
    Ser cultivador de amor,
    De amizades.

    Ser convicto de acertos,
    De erros.
    Ser construtor de seres,
    De vidas.
    Ser edificador.
    Movido por impulsos, por razão, por emoção.
    De sentimentos profundos,
    Que carrega no peito o orgulho de educar.
    Que armazena o conhecer,
    Que guarda no coração, o pesar
    De valores essenciais
    Para a felicidade dos “seus”.
    Ser conquistador de almas.
    Ser lutador,
    Que enfrenta agruras,
    Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
    Buscando se auto-realizar,
    Atingir sua plenitude humana.
    Possuidor de potencialidades.
    Da fraqueza, sempre surge a força
    Fazendo-o guerreiro.
    Ser de incalculável sabedoria,
    Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
    É...
    Esse é o valor de ser educador.


    de Maria Darismar Duarte Henes Cortes




     

    sexta-feira, 17 de setembro de 2010

    A importância da leitura de textos na Educação Infantil

     

    São objetivos da escola e das famílias em geral proporcionar às crianças o acesso ao conhecimento e a formação de indivíduos críticos, comprometidos consigo mesmos e com a sociedade, capazes de intervir modificando a realidade, auto-motivados e aptos a buscar o aprendizado e o aperfeiçoamento contínuos, o que passa pela formação de leitores competentes.
    É fato sabido que várias gerações têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a incapacidade de fazê-la coerentemente, compreendendo um texto em profundidade, o que inegavelmente limita o indivíduo em suas possibilidades de acesso ao conhecimento culturalmente construído.
    Portanto, é tarefa urgente dos pais e da escola, em todos os níveis, buscar maneiras de estimular, mais do que a capacidade de ler, o prazer pela leitura. Apenas propiciando aos sujeitos leitores o prazer da leitura poderemos construir as competências necessárias para sua apreensão e produção.
    Pensadores como Paulo Freire apontam para o reconhecimento de que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura da palavra escrita implica na ampliação da possibilidade de leitura do mundo. Assim, concluímos que o não-desenvolvimento de bons leitores limita as possibilidades de leitura do mundo, da compreensão da realidade social e da intervenção do sujeito buscando a transformação da sociedade.
    No intuito de desenvolver, desde a mais tenra idade, o hábito e o prazer da leitura, a educação infantil deve oferecer oportunidades de leituras variadas, leitura não apenas de textos escritos, mas a própria leitura e interpretação do mundo em que a criança está inserida e do qual faz parte como ator social.
    O acesso a diferentes tipos de texto, mesmo bem antes da alfabetização, permitirá desenvolver tais capacidades, alem de apresentar à criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura, enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização. Isso porque constatamos que “as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita muito antes do que se supunha” (MEC/SEF, 1998, vol.3, p. 123).

    Os Contos

    Instrumentos privilegiados nesse sentido são as histórias infantis. Além de desenvolver o interesse pela leitura, vêm também ampliar o universo vocabular, permitir o exercício da fantasia e da criatividade. Ao apresentar, de modo maniqueísta, a polarização bem/mal, virtude/vício, recompensa/castigo, possibilitam a discussão de padrões éticos e morais, e a formação de valores.
    A paixão das crianças pelos Contos vem das próprias características de seu desenvolvimento. “Sonhadora e imaginativa por natureza, a criança aceita sem hesitação o ilogismo das narrativas mágicas presentes nas histórias infantis” (Alberton, 1980). Seu interesse e participação nas atividades de leitura dessas histórias são poderosas ferramentas na formação de bons hábitos leitores.
    “O pensamento mágico da criança traz recursos inesgotáveis para que se exercite sua imaginação e fantasia, passando o sonho e a realidade, muitas vezes, a se confundirem, o que reforçaria sua espontaneidade criadora” (Nicolau, 1990, p.131). Dar possibilidade à expressão desses pensamentos possibilitará um crescimento pessoal e social, através da interação com seus pares, que vivem fantasias semelhantes.

    As Poesias

    As crianças pequenas se encantam com as poesias, que lhes parecem (e na verdade são) brincadeiras com as palavras. O ritmo, a métrica e as rimas são logo percebidos pelas crianças, que passam a brincar de fazer poesia, focam sua atenção à sonoridade das palavras, e montam seus versinhos orgulhosamente.

    Os textos informativos

    O trabalho com textos informativos, encontrados, por exemplo, em jornais, revistas, internet e enciclopédias, permite a formação do hábito de ler para estudar, para buscar informações, competência essencial por toda a vida. As crianças percebem a diferença entre esse tipo de texto e os textos de ficção, pois passam a perceber a realidade imediata expressa nos artigos de jornais e revistas, que comparam com as conversas que ouvem, aquilo que vêem na rua e o que assistem na televisão. Ao trazer esses textos à análise das crianças, vemos surgir acaloradas discussões, onde as crianças põe em jogo aquilo que sabem sobre o tópico tratado, trocam opiniões, debatem e assim a prendem a negociar, a expressar verbalmente suas idéias, a rever seus conceitos. Os textos informativos, quando integrados ao trabalho com textos em geral, ampliam as possibilidades de leitura do mundo.

    As histórias em quadrinhos

    Embora já tenham sido alvo de preconceito por parte dos adultos, os gibis hoje são aceitos para o entretenimento das crianças. Contudo, as HQs carregam grandes possibilidades de trabalho com texto,  pois têm uma linguagem própria, aliando recursos de imagem e texto, apresentando histórias com textos curtos e sendo muito atraentes às crianças. Para os pequeninos que começam a perceber as letras e como elas formam palavras, e aventuram-se pelas primeiras leituras, oferece a vantagem adicional de serem escritos com letras maiúsculas, aquelas que eles começam a identificar primeiro. É imprescindível contar também com gibis na biblioteca familiar e na escola.

    As parlendas e cantigas tradicionais

    Hoje é domingo, pede cachimbo...  Eu sou pobre, pobre, pobre, de marre, marré, marré.... O cravo brigou com a rosa...
    Desde muito pequenas as crianças adoram as cantigas, quadrinhas, parlendas, e demonstram muita facilidade em memorizá-las, passando a cantá-las ou declamá-las em vários momentos. Além de serem textos ricos por trazerem consigo a cultura dos países, regiões e momentos históricos em que foram criadas e por terem sido transmitidas geração após geração como um tesouro cultural, esses textos são privilegiados para promover a aquisição de vocabulário e, na alfabetização, permitirem a correspondência entre a escrita e a sua leitura, pois por serem familiares às crianças, ajudam-nas a não se preocuparem com o conteúdo (que já é conhecido) e focalizar sua atenção à forma da escrita.

    Todos esses benefícios estão ao alcance de pais, tios, irmãos mais velhos e professores. Basta buscar fruir na leitura o prazer e a diversão que ela proporciona. Quem sabe assim as próximas gerações serão mais críticas, preparadas para o mundo e felizes?

    Bibliografia:

    ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil, gostosuras e bobices. São Paulo, Scipione, 1989.
    ALBERTON, Carmen Regina e outros. Uma dieta para crianças: livros – Orientação a pais e educadores. Porto Alegre, Redacta/Prodil, 1980.
    BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, MEC/SEF, 1998.
    FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 39. ed. São Paulo, Cortez, 2000.
    NICOLAU, Marieta Lúcia Machado. Textos Básicos de Educação Pré-escolar. São
    Paulo, Ática, 1990
    Selma Moura
    Publicado no Recanto das Letras em 21/11/2007
    Código do texto: T746604

    A importância da leitura na Educação Infantil


         Todo educador deseja ter alunos que se interesse pela leitura e muitas vezes acabam forçando seus alunos a lerem materiais que não são nem um pouco prazerosos, enfim, esquecem de muitas coisas que devem vir antes de querer que o aluno seja um leitor dedicado.
         Para que o aluno se interesse pela leitura é necessário um trabalho todo especial por parte do professor, que exige dedicação e comprometimento por parte do profissional. O professor deve buscar ferramentas que possibilite um momento de leitura mágico para seus alunos, como: um ambiente agradável, uma diversidade de materiais interessantes, diferentes portadores de textos, gêneros textuais diversos, leituras que estejam ligadas a realidade do aluno, textos de qualidade,... enfim, o professor deve proporcionar ao seu aluno diversos caminhos que o leve a reconhecer que a leitura pode ser algo maravilhoso, encantador.
          A leitura deve estar presente diariamente na sala de aula, pois o aluno que tem contato com a leitura aumenta sua imaginação, criatividade, repertório de idéias, seu vocabulário,... ampliando aa sua aprendizagem em relação a escrita. Para aprender a escrever é necessário ler e além de ler, aprender a interpretar o que se lê e para que isso aconteça, é necessário muita leitura, acompanhada de prazer e contexto com a realidade do aluno.
         Educador, invista em seu aluno, proporcione a ele a oportunidade de estar em contato com a leitura, permita que ele conheça esse mundo maravilhoso!
    "Tornar o ato de ler prazeroso, resgatando a magia da leitura de um bom texto é o caminho para a construção de apaixonados pela leitura".




    Fonte: http://www.osabetudo.com/leitura-imprescindivel-para-uma-boa-formacao/#ixzz0yVraJkzY
    Foto por:  themillersofliverpool

    IMAGINAÇÃO INFANTIL

    Quando eu era pequenino, não sabia
    Dos mistérios da vida e do mundo,
    Mil perguntas inocentes eu fazia
    E, a fazer suposições, eu ia a fundo!
    Mas, meus pais não sabiam responder,
    Porque não tinham tal conhecimento
    E, sozinho, eu tentava compreender
    E explicar, segundo o meu entendimento.
    Por exemplo: o que mais me intrigava
    Era o estrondo que fazia o trovão;
    O relâmpago, enfim, por que brilhava,
    E a chuva, como acontecia, então?
    Foi, aí, que eu comecei a imaginar
    Suposições pra tudo isso que existia,
    Muito sério eu começava a detalhar
    E com as próprias palavras eu dizia:
    - Toda a luz que o relâmpago provocava
    Era São Pedro que ia buscar água no mar,
    Tropeçava nas pedras que se chocavam
    E as faíscas faziam o mundo clarear!
    - O trovão era o som de um tambor
    Que São Pedro usava pra ir buscar
    Aquela água que ele não tomou
    E que, rolando, fazia tudo estrondar!
    - E, depois, quando em cima ele chegava,
    Já cansado de fazer toda essa curva,
    Ele pegava toda a água e despejava
    Sobre nós, para termos, assim, a chuva!

    Autor: José Rosendo